sexta-feira, março 31, 2006

ponto de vista



Mondego verde e velho
verdancy (verdura, verdor, frescor, o verde das plantas,...)
verdant (verde, verdejante, fresco,...)
verdigris (verdete, acetato de cobre,...)
verdure (verdura, verdor, o verde das plantas,...)
verdured, verurous (verdoso, verdejante, verde)

migração

para trás requebra a sombra cansada de alcançar

momento

(photo by Henrique Toscano)

"Tu mereces-me ainda que tantas vezes possa parecer que não e ainda que, enfim, tenho que concordar contigo, não é?, estejas sem estar e eu te seja sem te ter e até pense que me odeie sem saber muito bem o que é que isso quer dizer." (de alguém que não eu...mas servi-me das palavras sem pedir autorização)

extinção

da goela seca resvalava o naco do sangue
o corpo permanecia estendido sobre o peito onde adaga embocou
a gema fecunda continuava intacta
apenas a adaga abateu a existência
a última adaga. a que porfiava em permanecer fiel.
o amor baixou pela garganta empurrado pelo naco do sangue
o amor confundiu-se no sangue.
um naco de sangue e amor afundou-se no horizonte

quinta-feira, março 30, 2006

Viagem para Sul

nos pés, o sangue misturado com a terra vermelha

Série olhares - 3

A câmara oculta

Série olhares - 2

A câmara "desoculta"

domingo, março 26, 2006

Série olhares - 1


A câmara emprestada

Anti monotonia



Desce a calçada de cabeça levantada e no dorso um ror de anos.
A descer sempre até à avenida pelo mesmo atalho e a virar à direita até ao 52.
Agora de cabeça levantada e, se for preciso, de olhos fechados.
Há que ensinar o corpo e libertar o resto…

1998



Some-se o fardo bruto que rapariga carrega às costas.
Soma-se a ligeireza dos artelhos às pernas nuas.

Poema de amor

"As palavras verdes só são azedas se
amadurecidas na página
entregues a uma branca corrosão
do tempo

vamos por isso ceder à impaciência e
provar na primavera
o amargo fruto em flor

que vale mais
esta palavra verde ainda
do que qualquer sinónimo

,

meu amor."


Rita T. Duarte in Cerejas


sábado, março 25, 2006

Cabelo


(photo by Henrique Toscano)

Os meus cabelos furtados e fruídos relembram épocas
de epopeias melancólicas…
Do delírio ressurge a insólita desordem.
A perversidade recomeça num outro canto, para lá do Oriente.
Resta-me aguardá-la. E que seja breve!

a giz

...em homenagem ao amor mundano...

sexta-feira, março 24, 2006

Oiço




"[...]nem debaixo da árvore, nem por trás das colinas,
nem por azinhagas solitárias,
onde se sente o último vento de Março."
Thomas Bernhard

Rio

o rio

"Amar-te é vir de longe,
descer o rio verde atrás de ti,[...]"

Pedro Tamen