tocar com os lábios os olhos a beijá-los de ternura, 
a enchê-los de cuidados
a tocar na alma, 
a tocar a alma, 
a perpassar a pele 
e por dentro dos olhos a não haver nada, 
nem alma, 
nem pele, 
nem a palavra sentir
por dentro dos olhos a existir o medo, 
a incandescência dissimulada de um tição pronto a queimar, a cunhar
e depois, 
o desabitado mais vazio que o branco exagerado
quinta-feira, setembro 01, 2011
manual da cegueira
por
Sílvia Alves
às
20:58
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