quinta-feira, maio 25, 2006

a Miguel Torga e à Cerejeira - "Hora de Amor"

Photo by Henrique Toscano
"Vem.
Adormece encostada a este braço
Mais débil do que o teu.
Entrega-te despida
Nas mãos de um homem solitário

Que a maldição não deixa
Que possa nem sequer lutar por ti.
Vem,
Sem que eu te chame, ou te prometa a vida.
E sente que ninguém
No descampado deste mundo, tem
A alma mais guardada e protegida."
Miguel Torga in Poesia Completa

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