arranhar de novo as telhas e gastar as unhas
reconstruir o telhado para me sentar sobre ele
espreitar para fora do mundo
para fora do muro
e só restam os olhos que não vazei
chegam os ventos frios de um sul inventado
cristais de gelo espetam-me a pupila nua
vejo ainda a frágil transparência dos teus passos
bebo a transbordar o teu silêncio
quando já bebi das tuas mãos o vinho
sento-me sobre o meu telhado
e o tempo escolhe o lugar
ao meu lado o teu vazio
sexta-feira, maio 19, 2006
waiting roof
por Sílvia Alves às 17:21
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário